A depressão, é um transtorno mental frequente em todo o mundo. Estima-se que mais de 300 milhões de pessoas, de todas as idades, sofrem atualmente com algum tipo de depressão. Segundo uma estimativa do relatório Depressão e Outros Transtornos Mentais Comuns* desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), será a doença mais incapacitante a atingir o mundo em 2020.

Mulheres são mais prevalentes e afetadas duas vezes mais pela depressão do que os homens. A ciência não tem uma explicação clara, nem única sobre isto, mas o que se sabe é que a depressão contribui de forma alarmante para uma carga global de doenças. E ela é muitas vezes incompreendida até por quem sofre por ela.

Atualmente, a depressão é referida como uma doença multifatorial, ou seja, com várias causas envolvidas no seu diagnóstico.

Ela causa grande sofrimento e disfunções comportamentais, sociais, familiares. Convém a nós, muitas vezes, refletir sobre o estado de quem se encontra em depressão. Para a pessoa deprimida, muitas vezes sem o apoio e a compreensão da sua própria família, a única saída pode parecer um final óbvio: suicídio.

Vale lembrar que, em seus estágios avançados, os pensamentos suicidas podem com frequência tomar conta de seus pensamentos. Cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano – sendo essa a segunda principal causa de morte entre pessoas com idade entre 15 e 29 anos.

Existem tratamentos eficazes para depressão moderada e grave. Profissionais de saúde podem oferecer tratamentos psicológicos, como ativação comportamental, terapia cognitivo-comportamental e psicoterapia interpessoal ou medicamentos antidepressivos. Cuidados adequados, assistência psicossocial e medicação, podem sim, fazer com que milhões de pessoas com transtornos mentais, incluindo a depressão, possam ter uma vida normal.

Depressão não é frescura! Há vários caminhos para sua superação.

Ainda há obstáculos para um tratamento eficaz da depressão. O estigma social associado aos transtornos mentais ainda são as maiores barreiras.

Há bons profissionais na área da psicologia que contribuem muitas vezes de maneira significativa para interromper os picos de ansiedade, os pensamentos negativos e aos próprios conceitos que, muitas vezes, levam estas pessoas para os estágios mais graves e conflitantes.

Se você está ou conhece alguém que esteja nesta condição, busque ajuda!

Há atendimento psicológico gratuito feito por associações, universidades, profissionais voluntários e ainda, pelo serviço público nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) criados para ressocialização de usuários do sistema de saúde, hospitais públicos e hospitais conveniados ao SUS.

Há cura, há saída e há solução.

*Depression and Other Common Mental Disorders, Global Health Estimates.
https://www.who.int/mental_health/mhgap/en