De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA) o câncer de próstata é o segundo mais incidente entre a população masculina no mundo, com 15% dos casos, perdendo somente para o de pulmão, com 16,7% dos casos.
Apesar de silenciosa, em estágio avançado, a doença costuma apresentar sintomas como: dificuldade para urinar (tende a aumentar com o passar do tempo), sensação de ardor e dor ao urinar (algumas vezes vem com vestígios de sangue) e sensação de dor na evacuação de sêmen (que também pode vir com vestígios de sangue). Para diagnosticar o câncer de próstata, os exames mais indicados são o toque retal e o PSA, que é um exame feito por amostra de sangue.
Sabemos que em nossa cultura a ereção e o desempenho sexual do homem representam a essência da virilidade masculina. Portanto, ao tomar ciência do diagnóstico positivo de câncer, o fantasma da impotência sexual e, consequentemente, a diminuição da autoestima se fazem presentes na vida dos homens, podendo levar inclusive à quadros de ansiedade e depressão. Por isso o acompanhamento psicológico é fundamental para lidar com as fases de diagnóstico, tratamento e pós tratamento.
A disfunção sexual tende a ser momentânea e reversível. Portanto, vale ressaltar que a ansiedade ou a possível depressão podem desencadear ou contribuir para o agravamento de uma possível disfunção erétil, às vezes muito mais do que a própria doença em si.
Sendo assim, é imprescindível que os pacientes recebam um tratamento multidisciplinar, onde todos os aspectos sejam considerados: os físicos, emocionais, familiares e até mesmo os culturais.
Adriana Dorgan é Psicóloga Clínica, Especialista em Psicologia da Saúde e Psicoterapeuta Transpessoal Integrativa